"Essa história de emo já passou do limite", diz vocalista do NX Zero
eu sei que vocês já sabem dessa história, mas queria relembrar a aqueles que ''gostam'' de chamar o Nx de emo!Então peguei uma entrevista que a Terra postou em Maio...é bem leagl a entrevista
Ao lado das bandas Fresno, Hateen, Forfun e MopTop, o NX Zero participa do projeto
MTV Ao Vivo 5 Bandas de Rock. Com um especial gravado em um show para sete mil pessoas e prestes a entrar em turnê com os grupos, o vocalista Di Ferrero

conversou com o
Terra sobre a gravação, a carreira em uma grande gravadora e a onda emo. "Essa história de emo já passou do limite", disse.
O NX Zero já tem seis anos de estrada, mesmo com os integrantes sendo bem jovens (todos têm entre 20 e 21 anos). O nome do grupo vem de Nexo Zero. "A idéia era não ter sentido, sem sem nexo mesmo", conta Ferrero.
"Quando a gente começou a aparecer, isso me deixava frustrado porque as pessoas ouviam que era emo e nem iam atrás do som pra saber como era", completou.
Em 2006, após alcançar o primeiro lugar no extinto Top 10 MTV a banda assinou um contrato com a Universal Music e teve o segundo disco produzido por Rick Bonadio.
Di Ferrero diz que o NX Zero não se considera emo e que estar em uma gravadora "faz com que a banda faça o que realmente importa: música". Ele afirma que o especial da MTV com os cinco grupos traz uma "cena com bandas do sul, do Rio, de São Paulo. Cada um com suas características e sua história, mas mostrando um momento da música".
Confira abaixo a entrevista com Di Ferrero:
Como foi o dia da gravação do especial MTV Ao Vivo 5 Bandas de Rock?
Foi um dia especial. A gente estava nervoso, esperamos muito por esse momento. Antes do show, conversamos nos camarins, principalmente o NX Zero, o Fresno e o Forfun, bandas que surgiram no mesmo momento, e que tocaram bastante juntas em vários lugares do underground e falava 'olha o que a gente conseguiu!'. O clima entre as bandas e o público foi ótimo.
O que muda ao se tornar parte de uma gravadora?
Já temos seis anos de banda. Passamos por muita coisa, tocamos em muitos lugares. Mas antes, tínhamos que nos preocupar com todas as etapas do processo. Estar em uma gravadora nos dá estrutura para pensar no que realmente importa para nós: fazer música.
Como surgiu a oportunidade de trabalhar com Rick Bonadio?
O NX Zero fez um clipe ruim de uma música (Apenas um Olhar), mas mesmo assim o vídeo passou na MTV. Uma vez fomos tocar no Hangar 110 (tradicional casa de shows de rock da cena underground de São Paulo) e o Marcão, o dono do local, chamou o Rick para assistir. Ele não pôde ir, mas disse que nos conhecia e ficou interessado. Nos ligou e começamos a trabalhar. Ele é muito centrado e por ser um cara da música, consegue tirar o melhor som das bandas.
Como é a relação do NX Zero com a Internet? Depois de entrar para a Universal vocês retiraram as músicas para download gratuito, mesmo fazendo sucesso para um público que muitas vezes conheceu vocês por causa da Internet.
Tiramos dos sites de download, mas o disco pode ser ouvido no site. Eu também baixo música. Conheço muita banda assim: baixo duas músicas, gosto e compro o disco. Pirataria é algo que sou contra porque atrapalha o trabalho de muita gente, mas baixar para conhecer a banda e depois ir atrás de show e disco é algo que marca essa nossa geração.
Vocês se consideram uma banda emo?
Essa história de emo já passou do limite. Quando a gente começou a aparecer, isso me deixava frustrado porque as pessoas ouviam que era emo e nem iam atrás do som pra saber como era. Nenhuma banda se considera emo por causa disso.
Vocês sofreram algum preconceito por parte de outros músicos quando começaram a fazer sucesso?
A galera mais "das antigas" torcia o nariz, mas sem nem ouvir. Agora que toca no rádio, a gente consegue mostrar o som. Charlie Brown Jr, Pitty, Skank e Rappa, por exemplo, já disseram que gostam da nossa música. Isso é muito gratificante.
O público emo contribuiu para que esse preconceito sobre as bandas aumentasse?
Tem uma galera que se considera emo, se veste daquele jeito, aquela coisa toda. Com 14 e 15 anos, você está na idade de experimentar muita coisa, descobrindo muita coisa. A gente respeita todo mundo.
Vocês já passaram por alguma saia-justa depois que ficaram famosos?
O reconhecimento do público, dar autógrafos e tirar fotos são demais. No início, ficava incomodado de tocar com artistas que eu achava que não tinham nada a ver com a gente. Esses dias a gente tocou no mesmo lugar que o Jeito Moleque. Mas aí você conversa com os caras, vê como o som é bom e percebe que o preconceito está na sua cabeça porque tem bastante gente que curte o nosso som e o som deles numa boa. Agora, vamos tocar em uma festa no Rio de Janeiro que eu soube que vai ter uma funkeira abrindo o show. Achei "animal".